A partir de agora, são oito pontos de entrega voluntária, além do recolhimento em condomínios.
O óleo de cozinha é um agente extremamente poluidor do meio ambiente, pois basta um litro para contaminar um milhão de litros de água. Na Capital, uma alternativa de sucesso para a coleta e reciclagem desse material vem sendo desenvolvida de forma pioneira pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), desde 1998. Deste então, mais de um milhão de litros deixaram de ser despejados de forma inadequada em bueiros e pias em razão do Programa ReÓleo. Agora, a iniciativa se amplia e todos podem colaborar, pois a ACIF instituiu oito postos de entrega voluntária e também iniciou a coleta em condomínios residenciais.
Os oitos pontos de entrega voluntária (PEVs) do Programa ReÓleo da ACIF abrangem praticamente todas as regiões da cidade. Por meio de uma parceria com o Posto Galo, é possível fazer a entrega nas filiais do Saco dos Limões, Rio Tavares, Lagoa da Conceição, Barra da Lagoa, Estreito e Centro. Além desses, há postos na sede da ACIF Regional Ingleses e da Comcap, no Itacorubi. "A implantação dos PEVs atende uma demanda detectada e os resultados têm superado as expectativas", afirma Marina Ballão, coordenadora do ReÓleo.
Entre os cerca de 800 estabelecimentos participantes estão restaurantes, shoppings, hotéis, hospitais, o curso de gastronomia do Cefet/SC e, agora, 26 condomínios residenciais. Um deles é Condomínio Arquipélago, na Trindade, com 188 apartamentos e cerca de 400 moradores. Segundo a síndica Lionete Gnecco, antes de instituir a coleta, ela realizou a divulgação entre os condôminos e a adesão tem sido surpreendente. "Em um mês, a bomba de 50 litros já ficou cheia", conta. Para ela, além das questões ambientais, há ainda razões financeiras para participar do Programa Reóleo. "Esse óleo deixa de ir para a caixa de gordura e economizamos com a limpeza". A coleta é gratuita e, para participar do programa, basta entrar em contato com a ACIF, por meio do telefone (48) 3224-3627 ou pelo e-mail reoleo@antigo.acif.org.br.
Lançado em bueiros, pias, vasos sanitários, o óleo de cozinha causa entupimentos, obstruindo canais de drenagem e contaminando o meio ambiente. Na água, provoca um aumento descontrolado no volume de microorganismos e algas, quem consomem todo o oxigênio e causam a morte de peixes. Estimativas indicam que apenas 1% de todo o óleo utilizado no mundo recebe algum tipo de tratamento.
Todo o óleo recolhido no Programa ReÓleo da ACIF é transportado para a empresa Ambiental Santos, do Paraná, que o utiliza como matéria-prima para a produção de fertilizantes, desmoldantes para a construção civil e óleo para corrente de moto-serra, entre outros usos. A empresa também realiza todo o processo de reciclagem da água, em uma estação de tratamento de efluentes (ETE). Também é possível reciclar o óleo no processo de fabricação de sabão, tintas, cosméticos, produtos de limpeza e biodiesel.
No Programa ReÓleo, a ACIF tem como parceiros a Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Vigilância Sanitária do município e Fundação do Meio Ambiente (Floram).
Como acondicionar e separar o óleo de cozinha
1 – Após a fritura, espere o óleo esfriar.
2 – Coloque em uma garrafa PET (de refrigerante), utilizando um funil com gaze, se possível, para separar os resíduos sólidos.
3 – Leve a garrafa para o PEV mais próximo de sua casa