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Pequenas Empresas: quais as perspectivas para 2018?

2 de março de 2018 - Destaque

Pequenas Empresas: quais as perspectivas para 2018?

Nos últimos quatro anos, uma verdadeira nuvem negra pairou sobre o mercado empresarial brasileiro. Porém, em 2018, a perspectiva é otimista e parece que pouco a pouco o tema recessão está saindo da pauta nas salas de reuniões das pequenas empresas. Isso porque os principais órgãos de controle da economia apontam para a melhoria na performance de diversos indicadores, inclusive o PIB.

Segundo a previsão dos especialistas, o Produto Interno Bruto promete taxas positivas para este ano. Mas o que isso muda para sua empresa? Simples, quanto maior o PIB, mais dinheiro circulando no mercado e maior o consumo interno e, consequentemente, aumento no faturamento.

Se em 2016 o PIB brasileiro teve retração de 3,6%, em 2017 as previsões foram superadas. A estimativa inicial era de crescimento em torno de 0,4%. Entretanto, agora já se fala em 1% de avanço na comparação com o ano anterior.

Para 2018, as estimativas são ainda mais otimistas. A previsão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é de animadores 2,7%.

O aumento do PIB também reflete diretamente na redução gradual da taxa de juros, entre outros benefícios para a classe empreendedora.

Mesmo com todo este otimismo, ainda não é o momento para euforia. Entenda os motivos:

Inflação, o que esperar?

Um termômetro preciso e incontestável, quando o assunto é avaliar a economia do país, é a inflação. Quem viveu, lembra: nas décadas de 80 e 90, graças a inflação instável, era comum ir ao mercado pela manhã e encontrar um preço, à tarde e à noite outros novos preços reajustados. Haja etiqueta!

Este cenário surreal, composto por instabilidades e altas do preços, era reflexo de uma economia sem rumo. Inúmeros planos econômicos foram por água tentando neutralizar os danos causados pela alta desenfreada. Hoje, a inflação varia na casa dos 4,5%, bem diferente dos 80% que nos assolavam na época. Ainda convivemos com a instabilidade política, mas a hiperinflação é coisa do milênio passado.

Entretanto, como citado anteriormente, é preciso manter os pés no chão. Economistas apontam que os alimentos deverão subir, algo que não ocorreu em 2017 graças a supersafra que permitiu a retração nos preços dos gêneros alimentícios.

ATENÇÃO: Se sua empresa atua no varejo, ou revende produtos, fique atento aos números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Logo, mesmo com a boa notícia em relação ao PIB, é importante estar preparado para inflação este ano. Ela deverá aumentar em ritmo mais acelerado que em 2017, afetando toda a cadeia produtiva e, no final das contas, causando retração no consumo de produtos e serviços. Fique atento para esta possibilidade.

Vamos aos juros?

Recentemente tratamos aqui no blog sobre captação de investidores. Uma boa opção para quem busca a expansão ou até inaugurar uma filial. Mas, se você não tem interesse na ação de um investidor, a saída é recorrer ao empréstimo bancário.

O empréstimo é um produto lucrativo aos bancos graças as taxas de juros, conhecida oficialmente como taxa Selic. Quanto mais elevada a taxa, mais caro sai aquele empréstimo fundamental para o seu negócio.

Por conta da variação do dólar, as margens de juros ainda geram muita especulação entre os especialistas. O mercado brasileiro depende muito dos insumos importados, e com a moeda do Mr. Trump em alta, a inflação é pressionada justamente com o aumento nos juros.

Entretanto, para simplificar o cálculo para você, informamos que os economistas estimam um juros de 6,5% em 2018, ou seja, 0,5% menor que ano passado. Mais uma boa notícia para a classe empresarial!

E o tal do câmbio?

O aumento na taxa de câmbio também deve impactar diretamente sobre os juros praticados no Brasil. A previsão é que se o dólar variar na faixa dos R$ 3,50 a R$ 3,60, então, os juros não deverão subir tanto quanto no ano passado. Oremos!

Quer um conselho? Aproveita que é de graça: estude muito e seja cuidado ao buscar recursos de terceiros, como investidores e empréstimos, na economia atual. O autofinanciamento é (quase) sempre a decisão mais saudável para o seu negócio.

E o temido desemprego como fica?

Existe, sim, uma previsão de otimismo para o desemprego em 2018. Graças ao aquecimento no mercado, a expectativa que a economia cresça e novas vagas sejam criadas.

Outro dado interessante é que, com a crise instaurada nos últimos anos, muitas pessoas optaram por empregos informais e sem carteira assinada. Com o aumento nas vagas, é provável que estas parcela da população seja reinserida no mercado.

Os primeiros indícios mostram que, o desemprego caia de 12,7% para 11,9% este ano.

Esteja preparado para que 2018 seja o seu ano!

Para muitos, o ano começa só depois do carnaval. Lógica nada indicada para quem busca se tornar um empreendedor com visão diferenciada no mercado. Estamos fechando o primeiro trimestre de 2018 e a conjuntura econômica já está se desenhando. Não espere mais para correr atrás dos seus objetivos e tomar as providências necessárias.

Mantenha-se informado, reveja seu planejamento estratégico e mãos a obra. O ano de 2018 está se mostrando promissor à classe empresarial, portanto está na hora de aproveitar o momento para crescer, gerar lucro e conduzir seu negócio ao sucesso.

Até a próxima!

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