A economia criativa ganhou impulso com o surgimento de novas tecnologias. As ferramentas disponíveis hoje no mercado permitem desenvolver negócios promissores a partir de ideias criativas. Com o termo economia criativa surgiu outra visão de crescimento econômico, estabelecendo uma relação entre inovação, criatividade, sustentabilidade, tecnologia e cultura.
Se você usa a sua criatividade e inovação para criar um produto comercial, seja ele tangível ou não, você faz parte da economia criativa. Entretanto, é importante ressaltar que, para ser classificado como economia criativa, é preciso gerar algum tipo de valor para a indústria.
Os quatro principais setores de classificação do conceito são patrimônio, artes, mídia e criações funcionais.
Patrimônio ou herança cultural diz respeito às formas de arte. Portanto, inclui desde expressões culturais tradicionais, como festas e celebrações, até locais relacionados, como sítios arqueológicos, museus, livrarias e exposições.
Enquanto isso, o campo das artes abrange também valores de identificação e significação simbólica. Por exemplo, com esculturas, fotografias, pinturas e outras expressões artísticas.
A categoria de mídia produz conteúdo com o objetivos de estabelecer um canal de comunicação, indo de mídias tradicionais como jornal, televisão e rádio, até redes sociais.
Em comparação, as criações funcionais englobam indústrias que oferecem serviços e produtos que surgem devido a uma demanda. Por exemplo, design de interiores, moda, publicidade, pesquisa, entre outros.
Economia criativa na era digital
Inteligência artificial e machine learning são tecnologias que tem tudo para contribuir com a economia criativa.
Inteligência Artificial
A inteligência artificial permite combinar conteúdos com as respectivas audiências de maneira mais eficaz.
A IA assumiu a responsabilidade por tarefas que eram muito complicadas, demoradas ou trabalhosas para humanos. Como resultado, ampliou o campo de ação e fazendo com que os profissionais tenham mais tempo livre para atividades criativas.
Um exemplo dessa tecnologia é o Google Assistant, que está em desenvolvimento. A empresa já fez demonstrações de que o assistente consegue fazer sozinho ligações e marcar compromissos. Além disso, vai ser apto para gerenciar luzes e funcionamento de eletrodomésticos.
Machine Learning
Já o machine learning é um sistema que pode modificar o comportamento da máquina autonomamente tendo como base a sua própria experiência. Regras lógicas são geradas com base no reconhecimento de padrões dentro dos dados analisados. O objetivo é melhorar o desempenho da tarefa ou tomar a decisão mais apropriada para o contexto.
O machine learning é utilizado, por exemplo, em buscadores. O intuito é que o algoritmo aprenda como é o comportamento do usuário ao fazer buscas para entregar os resultados que ele precisa.
Essa tecnologia é utilizada em plataformas de streaming de vídeo e áudio. O histórico de conteúdo reproduzido ou rejeitado pelo usuário é analisado para dar a ele recomendações condizentes com os seus gostos.
O que essas tecnologias têm em comum é trabalhar com base de dados e favorecer a experiência do usuário. Na economia criativa, uma boa forma para a ideia inovadora trazer retorno financeiro é pensar em um projeto escalável. Sendo assim, essas novidades do mercado digital são aliadas para crescer rapidamente e com engajamento dos usuários através de uma experiência positiva.
As ferramentas para facilitar o crescimento estão aí, mas a ideia criativa ainda é o essencial para unir demandas do público com o que a tecnologia tem a oferecer.
Bruna Andrade