Os consumidores aproveitaram o último mês de vigência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido sobre automóveis e móveis e decidiram fazer compras
Com isso, a demanda do consumidor por crédito avançou 18,3% em março, na comparação com o mês anterior, atingindo o recorde da série histórica, iniciada em janeiro de 2007. Os dados são de uma pesquisa da Serasa Experian divulgada hoje.
O resultado também foi influenciado pelo menor número de dias em fevereiro, pela conjuntura favorável da inadimplência do consumidor e pelo crescimento da massa real de rendimentos.
O avanço da demanda do consumidor por crédito em relação a março do ano passado foi ainda maior, de 32,5%. O percentual se deve não apenas ao cenário positivo para o crédito, mas também à base fraca de comparação. A Serasa lembra que o nível da procura do consumidor por crédito, em março do ano passado, foi o menor para um mês de março desde 2007.
Já no acumulado do primeiro trimestre, a demanda do consumidor por crédito avançou 21,6%, de acordo com a pesquisa.
Em março, todas as faixas de rendimento pessoal mensal apresentaram alta. O maior avanço se deu entre os consumidores com renda mensal inferior a R$ 500, com 32,9%.
Já aqueles com renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil ampliaram a demanda em 32,8%. Por fim, para os consumidores que ganham mais de R$ 10 mil por mês, esse percentual foi de 32,2%.
Por sua vez, no acumulado do primeiro trimestre, os consumidores de baixa renda registraram o menor avanço na demanda por crédito, com 18,4%. Já os consumidores de alta renda, que recebem mais de R$ 10 mil por mês, registraram crescimento de 31,9% no período, o percentual mais alto entre todas as faixas de renda.
Na análise por regiões, o Nordeste foi o destaque, com crescimento de 21%. Depois aparecem Sul (20,8%), Norte (19,2%) e Sudeste (18,5%). Já o Centro-Oeste registrou o menor crescimento da procura do consumidor por crédito, com 7,6%.
Entretanto, o crescimento acumulado este ano da demanda por crédito no Centro-Oeste chega a 22,2%, e só não supera o resultado do Sudeste, que registra expansão de 23,2%.
Fonte: Valor Econômico