Jovens empresários de todo o Estado estão reunidos em Florianópolis para a primeira assembleia do Cejesc (Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina) no ano. O evento, promovido pela Acif Jovem, acontece no Costão do Santinho Resort. Entre as atividades, palestras, visita técnica ao resort e almoço com autoridades políticas. O presidente da Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis), Doreni Caramori Júnior, pilota
festa de encerramento que será realizada neste sábado, no P12.
(Coluna Gente, Luiza Gutierrez – Notícias do Dia, 16 e 17/1/2010)
Palestra
Informações: (48) 9111-2706.
(Serviço – Diário Catarinense, 16/1/2010)
Qualificação é fundamental
Turistas hospedados em hotéis ou que alugaram casas e apartamentos em Floripa reclamam, e têm razão. Em janeiro, o sol resolveu se recolher, dando lugar às chuvas. Eles estão gastando com diárias e alimentação, mas quando fora das nossas praias, não há opções de lazer. O único programa que a cidade oferece são os shopping centers, que ficam lotados e provocam grandes congestionamentos à sua volta. Nem mesmo as salas de cinema, com pouquíssimas
alternativas de filmes, ficam fora dos shoppings. Espetáculos de teatro, centros ou espaços culturais, entre outras atividades, inexistem. Investir em turismo vai além de buscar turistas fora daqui, requer contar com uma infraestrutura adequada, como oferta de água e energia, qualidade na prestação de serviços, preços justos e não explorativos e, é óbvio, lazer. A moçada está bem servida com a variedade de casas noturnas e bons shows, mas para cá também se deslocam pessoas de mais idade e famílias com crianças.
(Cacau Menezes – Diário Catarinense, 17/1/2010)
Por que 2010 promete?
Um início de ano favorável à indústria e ao comércio sinaliza com oportunidades para trabalho no Estado
A locomotiva da indústria catarinense está embalando novamente. O crédito no comércio segue no azul. E a temporada de verão traz ao Estado milhões de turistas, que movimentam toda a cadeia de serviços. Este cenário inicial favorável à diversificada economia catarinense explica o porquê de tanta expectativa em relação a crescimento e oportunidades de emprego. Apenas no Sistema Nacional de Emprego (Sine/SC), existem, hoje, 3 mil vagas em aberto à espera de profissionais qualificados no Estado. Comércio e serviços lideram a oferta no embalo do verão, quando empresas ligadas à indústria do turismo, como hotéis e restaurantes, ampliam o quadro de pessoal. Pensando no médio prazo, os setores deconstrução civil e tecnologia despontam com as projeções das mais otimistas para 2010. Mas atrás de retomada e com o discurso de que a crise internacional é coisa do passado, os segmentos têxtil e metalúrgico também prometem contratações. A indústria catarinense ainda enfrenta retração no mercado externo – em 2009, o saldo de exportações de SC teve queda de 22,7% em relação ao ano anterior, segundo dados da
Federação das Indústrias (Fiesc). Mas o mercado interno mostrou força, principalmente no segundo semestre, e amenizou os impactos da turbulência global, o que deve ficar ainda mais evidente neste início de ano. Até novembro, último dado disponível, as vendas da indústria catarinense ainda apresentavam queda de 7%, segundo a Fiesc. No balanço do final de ano, o presidente da entidade, Alcantaro Corrêa, projetou um crescimento tanto das vendas quanto do emprego industrial para 2010, no embalo das previsões que indicam uma alta de 5,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano.Em SC, a reação apareceu primeiro no saldo de emprego. Pesquisa da Fiesc revela que, embora no saldo anual até novembro ainda registre uma queda de 3,81%, todos os balanços mensais
foram positivos de julho até novembro. Para o vice-presidente da Fiesc, Glauco Côrte, isso reforça a tendência de retomada.
– A indústria está se preparando para atender o aumento da produção e deverá liderar o PIB no próximo ano, o que confirma as estimativas de um 2010 promissor – argumenta.
No acumulado dos 11 meses, a pesquisa da Fiesc já aponta saldo positivo do emprego em setores como material eletrônico e equipamentos de comunicação, confecções de artigos do vestuário, artigos de borracha e plástico, cerâmica e têxteis. Mas quedas afetam segmentos importantes, como os de produtos de madeira e metalurgia básica.
Comércio mostra sinais de retomada
Balanço do Sine/SC, com dados acumulados até novembro, indicam a retomada do emprego também em outros setores, como comércio e serviços (veja quadro acima). No comércio, que teve alta de 5,28% no saldo das vagas na relação com 2008, a expectativa é de um 2010 muito melhor do que 2009. Mesmo com uma reação positiva no consumo dos últimos três meses do ano passado, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) de SC, Sergio Medeiros, estima uma queda de 5,5% nas vendas de 2009 em relação ao ano anterior. Já para 2010, acredita num crescimento de até 5%. Para o presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de SC (Fampesc), Márcio Manoel da Silveira, apesar do cenário positivo, ainda faltam investimentos
na qualificação de mão de obra. – É preciso investir mais em educação, para termos melhores empresas – defende.
(Reportagem Especial – Diário Catarinense, 18/1/2010)
O milagre da chuva
Mesmo para quem não curte sol quente e banho de mar, a praia pode ser um deleite, ainda que chova
Sabe aquela tradicional praga de mãe, segundo a qual quem está fazendo careta quando o tempo vira fica com ela para sempre? Pois a chuva do final da tarde de ontem e o caminhar daquela moça devem ter rendido àquele rapaz reclamão, instalado sob um guarda-sol no Riozinho do Campeche, em Florianópolis, um eterno sorriso beatífico.
O mais curioso é que parecia que ele atraiu a chuva, de tanto colocar defeito em tudo. As crianças brincando, o sol que apareceu de surpresa, a moça tatuada que fazia embaixadinhas à beira da água, o clima lento e preguiçoso de domingo, o samba que tocava no bar ali perto, nada o satisfazia. Pelo contrário, só davam razões de detestar ainda mais estar ali. E aquele pessoal todo jogando frescobol, que perigo. E se a bolinha fosse no olho dele? No início era meio difícil de compreender como os amigos o haviam trazido. Odiava a areia, a água salgada, tinha medo de ficar queimado, mesmo com pouco sol, mas também achava o protetor solar meio nojento, oleoso demais para
o gosto dele. Preferia estar em casa no arcondicionado, lendo um bom livro ou jogando videogame.
– O pior dessa cultura de praia é que não se faz mais nada nessa cidade. Falta cultura, falta sala de cinema, falta teatro, não se vê um sarau de poesia. O pouco que tem só funciona de verdade no inverno – protestava.
O inverno, esse sim, era o refúgio idílico contra toda aquela selvageria do verão, dizia ele; em que todos se vestem com bom gosto e ficam mais elegantes, em que Santa Catarina confirma sua vocação europeia. As sopas. Os bons vinhos, o capuccino no final da tarde e as sessões de comédias românticas debaixo de cobertores nos sábados à noite, tudo na maior sofisticação. Quando ele falava das temperaturas inferiores a 15° C, quase dava para ver o brilho de seus olhos através dos óculos escuros. Sua cabeça parecia tirá-lo dali e entregar-se a um delírio de
petit-gateaus. Foi quando aquela moça passou, a caminho da saída da praia. Tinha visto, ao longe, a chegada
das nuvens e não quis facilitar. Saiu acompanhada, mas ele pareceu nem notar ou importar-se. Acompanhou-a com a cabeça e deixou brotar o sorriso. Quando os primeiros pingos de chuva caíram em sua cabeça, ele apenas sorria. Os amigos, que haviam saído correndo, viram que ele permanecia no mesmo lugar, estático sob o aguaceiro, ainda com o mesmo sorriso. Aí eles entenderam que, na verdade, nem fora tão difícil trazê-lo à praia. Difícil mesmo seria levá-lo
embora.
(Geral – Diário Catarinense, 18/1/2010)
SC fecha 2009 com alta de 5,5% na venda de veículos
Resultado no comércio catarinense supera o desempenho nacional, que registrou queda de 0,12%
Santa Catarina confirmou um desempenho acima da média nacional no comércio de veículos novos em 2009. Enquanto no país, houve uma queda de 0,12% no número de veículos vendidos no ano passado, por aqui foi registrado crescimento de 5,49%. E para 2010, a aposta é de um crescimento ainda maior, na ordem de 10%. Os dados foram divulgados ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) de SC. No balanço do mercado de veículos, a entidade soma automóveis, comerciais leves, motos, ônibus e caminhões, totalizando 234.338 unidades vendidas no Estado no ano passado. Avaliando apenas os setores de automóveis e comerciais leves, os mais expressivos, a alta catarinense foi ainda maior. Em 2009, foram vendidos 154.776 unidades, um aumento de 24,62% sobre o balanço do ano anterior. No país, o crescimento neste segmento foi de 12,64%, com a venda de 3.009.468 unidades no ano passado. O que puxou a média do Estado para baixo foram as quedas nas vendas de ônibus (-37,52%) e de motos (-21,29%). Mas o setor de motos teve reação em dezembro. Houve alta de 5,76%
sobre dezembro de 2008, com o comércio de 6.505 unidades no último mês do ano passado. Dezembro de 2009 teve um peso importante para o resultado em SC. No saldo do mês, houve ganho de 39,36% na venda de automóveis e comerciais leves e de 29,09% nas vendas totais de veículos, na comparação com dezembro de 2008. Com o resultado do mês, SC atinge uma frota circulante de 3.174.765 veículos.
Redução do IPI foi fundamental
O presidente da Fenabrave em SC, Sérgio Ribeiro Werner, comemora o resultado geral, lembrando que a redução do IPI foi fundamental para que o mercado reagisse à crise.
– E o governo teve a prova de que menos impostos resultam em mais arrecadação com ganho no consumo.
Em SC, ele diz que a liberação do FGTS no final de 2008 para famílias afetas pela enchente e o pagamento das segurados pelos carros danificados nas cheias foram outros fatores que impulsionaram as vendas. Para 2010, ele acredita em um crescimento do mercado em 10%, com os automóveis novamente puxando a alta, mas com as vendas de motos também apresentando resultado positivo.
(Economia – Diário Catarinense, 16/1/2010)
A ALTA DOS PREÇOS DEVE VOLTAR
A crise econômica internacional trouxe uma série de más notícias em 2009. O desemprego, a queda nas exportações, a produção menor das indústrias estão entre elas. Por outro lado, com as pessoas comprando menos ao redor do mundo, uma vilã antiga da economia brasileira ficou adormecida: a inflação. Se em 2008 os alimentos puxaram a alta dos preços no País – e com eles os índices de inflação –, em 2009 as coisas foram diferentes. Houve meses que o Brasil assistiu inclusive a deflação, que é quando os preços caem, em vez de aumentarem. Uma das razões para que isso aconteça é a queda na demanda, ou seja, a procura que os consumidores têm pelos produtos. Com a retomada do crescimento da economia, a inflação volta a preocupar o Brasil. O primeiro índice que mede o aumento dos preços deste ano já sinaliza isso. O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) mostrou alta de 0,20%, entre 11 de dezembro e 10 de janeiro. No levantamento anterior, o indicador, calculado pela FGV, tinha apresentado uma queda de 0,07%.
Com tudo isso, os economistas já apostam que 2010 vai ser um ano de taxas mais elevadas de inflação do que em 2009. Apesar de que, em janeiro, muitos preços são reajustados – como as mensalidades escolares,
por exemplo. Isso acaba gerando um mês com um resultado de aumento de preços maior do que o que acontece no resto do ano.
(Coluna Seu Bolso, Júlia Pitthan – A Notícia, 18/1/2010)