A Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) empossa neste sábado (23) a nova diretoria que comandará a entidade no biênio 2009/2011, tendo à frente o empresário Doreni Caramori Júnior, ex-presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje). No mesmo dia, a entidade estará comemorando 94 anos de fundação.

A nova diretoria une a experiência de empresários e empresas tradicionais da região ao arrojo de jovens empreendedores, muitos ligados a segmentos emergentes da economia, como tecnologia, turismo e eventos. “Formamos uma frente de trabalho em prol da cidade”, define Doreni, que aos 29 anos é o mais jovem presidente da história da ACIF. Duas mulheres ocupam as duas vice-presidências – a empresária Silvia Hoepcke da Silva, dona de uma indústria têxtil e neta do fundador da entidade, Carl Hoepcke, e a psicóloga e dona de uma empresa de gestão organizacional, Maria Carolina Linhares.

Com perfil conciliador, Doreni relaciona como uma de suas principais metas atuar como interlocutor entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil. “O papel da ACIF não é gerenciar a cidade e sim elevar o nível dos projetos e estimular o debate de questões relevantes”, defende.

Para ter maior representatividade e atender melhor ao associado, a entidade desenvolverá ações focadas nos públicos externo e interno. As mudanças buscarão principalmente modernizar a forma de gerir a Associação. No trabalho de aperfeiçoamento interno serão quatro os conceitos básicos adotados: rede (busca de otimização da teia de contatos formada pelas milhares de empresas associadas); gestão (implementação de ferramentas como ISO e Organização Eletrônica, que aumentem a eficiência da entidade); opinião (adoção de técnicas e instrumentos capazes de produzir e gerir conhecimentos e identificar necessidades dos associados), e comunicação (estabelecimento de canais de comunicação com todos os públicos de relacionamento da entidade).

Externamente, serão três os princípios de atuação: soluções (criação de ferramentas para gerar competitividade aos associados); comunidade (estímulo à discussão de temas importantes para o desenvolvimento social, como tecnologia, turismo e meio ambiente), e representação (estabelecimento de fóruns de discussão e representatividade junto a todas as esferas do Poder Público).

Os conceitos já podem ser traduzidos em projetos práticos que a entidade pretende implementar. O número de diretorias regionais, por exemplo, vai passar de cinco para dez. Paralelamente, será posto em prática o projeto de E-Org, que pretende disponibilizar ferramentas como reuniões eletrônicas, cursos online e e-commerce para os associados, entre outros.

Existe também o plano de participar em Santa Catarina do processo de implantação da legislação federal que criou, no início deste ano, o Micro Empreendedor Individual (MEI). “Além de contribuir para trazer para a formalidade milhares de empreendedores como mecânicos e ambulantes, queremos também trazê-los para o associativismo”, afirma Doreni.

(Revista Making Of)