Entrega formal foi realizada nesta terça (15), na presença do vice-prefeito
A urbanização dos últimos 30 anos, somada ao descaso da Casan na região, culminou na necessidade de ações urgentes para a recuperação ambiental deste ecossistema da Ilha de Santa Catarina. Principalmente depois da tragédia ocorrida em 25 de janeiro, com o rompimento da lagoa artificial que recebe efluente da Estação de Tratamento, representando perdas aos moradores e o depósito de toneladas de resíduos nas águas da Lagoa. Diante disso, um estudo doado pela Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF) ao município prevê medidas para reparos e para tornar o maior cartão postal da cidade de acordo com sua beleza.
O ato formal de entrega ocorreu nesta terça-feira (15), durante a reunião da Diretoria Executiva da entidade, com a presença de Topazio Silveira Neto, vice-prefeito, dos secretários Fábio Braga (Meio Ambiente), Juliano Richter Pires (Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico), Miltinho Barcelos (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), de Beatriz Campos Kowalski (Superintendente da Floram) e de Lucas Arruda (Superintendente Municipal de Saneamento Básico). “Temos um documento técnico contendo ações de curto, médio e longo prazos que podem ser tomadas pelo poder público, em parceria com a iniciativa privada”, afirmou Rodrigo Rossoni, presidente da entidade.
Ao receber e assinar o documento, Topazio Silveira Neto, vice-prefeito da Capital, afirmou que o estudo vai ajudar – e muito. “Estamos abertos a ideias, mas quem quiser apresentá-las deve fazer como a ACIF. Opiniões sem fatos e dados somente prejudicam o processo”, disse. Braga reforçou que o ocorrido em janeiro foi o maior desastre ambiental da história de Florianópolis. “A Casan é prestadora de serviço e tem de se justificar à sociedade, não se esquivar, como tem feito”, indignou-se. Pires ressaltou a importância turística da área: “É um dos nossos maiores ativos do setor, há décadas festejado e que corre o risco de ser relegado a um segundo plano na cidade”, alertou.
Realizado pela empresa Acqualis Engenharia Hídrica, o estudo contratado pela ACIF contempla diversos modelos de sucesso que podem ser implementados – desde obras de desassoreamento à fiscalização efetiva da rede de esgoto e educação ambiental. “Conheci vários estudos neste sentido e este trouxe várias ações factíveis. Também prevê a sensibilização da comunidade e das proativas associações locais para que todos participem e contribuam”, arrematou Thiago Araújo, diretor da Regional Lagoa da ACIF.