Anos e anos de ineficiência e incompetência, com acúmulo de decisões equivocadas e casos de desvios, resultaram em um rombo nas contas da Petrobras. Prejuízos e dívidas que o Governo Federal tenta cobrir agora, de forma simplista, jogando sobre os ombros dos brasileiros uma conta gigantesca. A escalada assombrosa dos preços do combustível, que resulta também no aumento de arrecadação de Estados e da União, é um atentado ao bom senso e um ataque à economia.
Pior: a reação dos caminhoneiros a esse descalabro, que ainda assim merece o apoio da população, causa prejuízos incalculáveis ao setor produtivo. A situação é inaceitável.
Diante disso a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) vem a público exigir que parlamentares e Executivo se mobilizem para encontrar saída rápida e justa para o problema. A solução passa necessariamente pela redução da carga tributária. Há excesso de tributos sobre o combustível – tanto federais quanto estaduais – e o Governo deve se obrigar a buscar aí a solução do problema. Absurdo imaginar, como já há quem defenda, que uma redução nos preços do diesel seja “compensada” pela elevação de tributos que incidem sobre o setor produtivo.
Em vez disso, é essencial que os responsáveis busquem soluções definitivas que ponham freios à escalada de preços dos combustíveis (não apenas do diesel, mas também da gasolina, do álcool e do GLP), movimento que de forma inevitável vai causar perdas a toda a economia, e garantam a retomada da normalidade no País. O momento exige rapidez e coragem – até mesmo para marcar o início de um processo que afaste o Poder Público de atividade que deveria ser exercida pela iniciativa privada.