Florianópolis está diante de mais uma situação de risco ao Estado Democrático de Direito, com a invasão da área no Alto da Caieira, Maciço do Morro da Cruz. O espaço invadido já é destinado a um projeto de habitação popular e há fortes indícios de interesses políticos e ideológicos justificando a iniciativa, inclusive com agentes infiltrados, profissionais de invasões ilegais vindos de outros estados. Resistindo às ordens de desocupação e desafiando a Polícia, querem criar um fato político e um confronto, em um ato de violência contra os interesses da população de Florianópolis, que tem visto diversas áreas públicas ser invadidas e destruídas, com severas consequências na preservação de nosso patrimônio turístico e ambiental, caso do espaço ocupado pela chamada favela do Siri (Ingleses).
Os membros do Floripa Sustentável, formado por empresários, professores, entidades de classe, estudantes e associações de moradores, manifestam a mais ampla rejeição a qualquer proveito de natureza política nas demandas sociais, nas quais, de maneira dissimulada, siglas partidárias usam a população como massa de manobra, com interesses eleitorais. Também entendem que as famílias em vulnerabilidade social servem de massa de manobra e devem contar com os projetos habitacionais da Prefeitura Municipal, muitos em andamento. A luta não é somente em favor da cidade, mas dessas pessoas.
Reconhecemos que o país – e não apenas Florianópolis ou o estado – tem um déficit habitacional vergonhoso, porém não será recorrendo à força e aos meios ilegais que o problema será resolvido. Nas últimas três décadas, a Grande Florianópolis, com maior ênfase na Ilha de Santa Catarina, sofreu dezenas de invasões em áreas de proteção ambiental – mangues, dunas e encostas. Invasões fomentadas e capitalizadas por interesses econômicos e políticos.
É preciso dar um basta a essas práticas, que estão comprometendo nosso desenho urbano e o meio ambiente, além de esgotar recursos financeiros da Prefeitura Municipal de Florianópolis.
Expressamos nossa solidariedade às medidas da PMF para resolver o impasse no Alto da Caieira e reiteramos a importância do esforço entre União, Estado e Município para solucionar tanto o déficit habitacional quanto a justa e correta utilização das diferentes áreas da cidade, conforme prevê o Plano Diretor.
O acolhimento daqueles em situação de risco é vital para o desenvolvimento social, o crescimento econômico e a proteção ambiental. Nossa cidade e sua região metropolitana só obterão equilíbrio socioeconômico mediante sustentabilidade, e as práticas que assistimos são uma afronta tanto a esse modelo quanto ao respeito pelas leis.
Entidades |
Sindepark – Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Garagens, Estacionamento, Limpeza e Conservação de Veículos |
Comdes – Conselho metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis. |
ACATE – Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia |
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia |
ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária seção SC |
Fórum Imobiliário |
FORTUR – Fórum de Turismo de Florianópolis |
ACE – Associação Catarinense de Engenheiros |
SINDUSCON – Sindicato Indústria Construção Civil Florianópolis |
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas |
Federação dos Conventions |
SINDETUR – Sindicato das Empresas Turismo do Estado de Santa Catarina |
ACATMAR- Associação Náutica Brasileira |
CDL – Camara dos Dirigentes Lojistas |
SHRBS – Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares |
ACIF – Associação Comercial e Industrial de Florianópolis |
FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina |
Instituto Centro Sapiens |
Floripa e Região Convention & Visitors Bureau |
Fecomércio – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina |
Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes |
Agência Propague |
ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis |
ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos |
Associação Floripamanhã |