Equipe de 45 profissionais trabalha na Fábrica do Conhecimento em busca de soluções que aliem ensino e tecnologia
Donos de tablets e smartphones já podem baixar aplicativos desenvolvidos pela Estácio, grupo do qual faz parte o Centro Universitário Estácio de Sá, em São José. Os aplicativos são desenvolvidos em uma área nova na Estácio, a Fábrica do Conhecimento, criada há um ano no Rio de Janeiro, e que se dedica exclusivamente a pensar, testar e implementar aplicativos e conteúdo interativo multimídia para as mais diversas áreas de conhecimento, sempre com foco acadêmico.
“O objetivo da Fábrica do Conhecimento é aliar tecnologia à metodologia. Nosso desafio é levar para um jogo, por exemplo, toda a complexidade de um tema de Física. Assim, a intervenção didática aplicada sob o conhecimento em questão gera novas e melhores rotas de aprendizagem”, explica o diretor da Fábrica do Conhecimento, o professor Roberto Paes, doutor em Linguística, há mais de 12 anos atuando na interface entre tecnologia e ensino.
Os aplicativos podem ser baixados no tablet que a Estácio já entrega gratuitamente para seus novos alunos de Direito, Engenharia, Gastronomia e Hotelaria desde 2011, e também em outros dispositivos móveis, como smarthphones. Mais de 20 aplicativos já estão à disposição do público em geral para serem baixados gratuitamente nas lojas App Store, Google Play e MarketPlace. Em 6 meses, mais de 20 mil instalações de aplicativos da Fábrica foram realizadas.
Embora os aplicativos sejam desenvolvidos com base no modelo de ensino das disciplinas da Estácio, a maioria deles pode ser utilizado por qualquer pessoa interessada em aprender mais sobre um determinado assunto. O aplicativo campeão de audiência da Fábrica do Conhecimento é o Quiz de Português, que apresenta questões sobre a língua. Ele é organizado em três seções (“tira-gosto”, “aquecimento” e “desafio”), sendo que no desafio em si o usuário só consegue avançar se acertar cada questão, o que também lhe habilita uma explicação sobre o conteúdo ali exigido. Segundo Roberto Paes, “trata-se de uma metodologia baseada no feedback explicativo, de forma a evitar o ‘chute’ e, ao mesmo tempo, permitir aprendizagem significativa via confrontação do erro/acerto”. Dentro da mesma vertente metodológica está o aplicativo Acentuando, um divertido desafio à luz da reforma ortográfica.
Outro aplicativo de muita utilidade para os estudantes é o Simulador de Pêndulo, que leva para a tela de um tablet as mesmas condições de um pêndulo usado em laboratórios para alunos de Física e Engenharia. O aplicativo contém cronômetro/pausa, definição de atrito, comprimento da corda e massa do objeto. É possível também marcar os indicadores gráficos de velocidade e aceleração, permitindo ao usuário simular as mesmas condições que encontraria no laboratório do seu curso.
Como os estudantes de Direito da Estácio foram os primeiros contemplados com os tablets, é natural que haja mais aplicativos daquela área de conhecimento. Dentre eles destacam-se o Simulado da OAB, o Quiz de Direito e o Legis Explorator. No simulado, por exemplo, o usuário possui 2 horas para responder a 100 questões extraídas de exames anteriores. Para orientar a aprendizagem, ao concluir o usuário tem acesso a dados relativos ao seu desempenho (tempo de duração, erros e acertos, gabarito das questões etc.). Já o Legis Explorator, por sua vez, propõe-se a trazer as leis mais utilizadas em sala de aula pelos professores das diversas cadeiras que compõem o curso de Direito, organizando as leis das áreas específicas e remetendo o usuário à versão mais atualizada e oficial daquela legislação.