É verdade que por trás de todo empreendedor, existem dois requisitos essenciais:
1) A capacidade que te possibilita sonhar
2) A capacidade de construir meios para transformar esses sonhos em realidade
Você deve estar imaginando a diversidade complexa de competências por trás dessas tarefas, certo? Porém, o sonho e a paixão caminham sempre lado a lado nessa hora, e o empreendedor nada mais é que um apaixonado pela própria ideia, onde o mais alto nível de confiança em sua capacidade faz com que ele acredite que possa executar todas essas competências que lhe são atribuídas com exigência.
O EMPREENDEDOR ACABA ASSINANDO, MESMO SEM QUERER, UM FORTE CONTRATO COM A RAZÃO.
Um empreendimento alcança seus primeiros estágios de sucesso devido exclusivamente ao comportamento do seu empreendedor. É ele quem personifica a experiência, quem se relaciona com clientes e fornecedores, idealiza, e muitas vezes, se necessário, chega até a fazer entregas de produtos ou serviços. É o famoso ”mão na massa”. Seu ”nome” e sua colaboração na entrega ajudam a criar e aumentar a credibilidade do que está sendo ofertado.
É desta forma que, o empreendedor e a marca da empresa criam uma fusão. A persona ou identidade pessoal (da forma como age, acredita, pensa, fala e faz) é transportada para a corporativa que, por sua vez, acaba-se criando a identidade que irá nortear todo o posicionamento da empresa.
Porém, muitas vezes ao criar uma marca, o empreendedor considera apenas o desejo do que a sua empresa vai ser, e na prática não encontra a compatibilidade nos comportamentos e atitudes que sustentam a interação com seus diferentes interlocutores.
Por que isso ocorre? Possivelmente por conta do planejamento da empresa e a construção da marca serem desenvolvidos sem o conhecimento e a compreensão da identidade do empreendedor.
No processo de construção de uma marca, a formação das características emocionais é a parte mais sensível do estágio, pois herda as motivações do empreendedor. Portando, expandir a consciência sobre essa relação emocional entre ambas as partes, ”criador” e ”criatura” e acima de tudo compreender seus impactos é um caminho para gerar estratégia de marca eficaz, interligando os valores e a cultura organizacional com a estratégia da empresa.
Mas como fazer isso? Não existe uma receita que nos garanta as respostas precisas, e sim caminhos que dependem da capacidade do empresário em focar 100% no seu desenvolvimento pessoal e empresarial.
Existem quatro competências consideradas estratégicas neste processo:
Autopercepção
É preciso ter a visão perspectiva de quando há falta de coerência e consistência entre aquilo que é pensado, falado e feito. O desenvolvimento e a sustentabilidade da empresa depende dessa percepção, caso não identificado, a situação se tornará ainda mais difícil. Para amenizar este risco ainda na fase de modelagem do negócio, é preciso haver o desejo genuíno e a coragem do empreendedor de ampliar o conhecimento que tem do seu conjunto de competências e preferências individuais.
Ampliar o conhecimento sobre si deve ser um dos fundamentais fatores na orientação da escolha e da forma como interagir com pessoas do seu cotidiano, tais como; sócios, colaboradores, fornecedores, parceiros e até mesmo os próprios clientes.
Liderar por visão e propósito
Enxergar além. É esse o propósito de se construir a visão do futuro, onde é preciso ter coragem para definir ”quem será” a empresa e que identidade corporativa ela adotará, tendo essas definições como papel de destaque na agenda do empreendedor desde a idealização do negócio.
A definição de Propósito, Missão, Visão e Valores da empresa deve ser verdadeiramente compreendida como um processo estratégico de responsabilidade e de interesse do empreendedor.
Na maior parte das vezes como o empreendedor está empenhado em fechar a próxima venda, não dedica tempo suficiente para comunicar esta visão. Na estratégia de gestão de pessoas, a ausência deste norte dificulta a atração e o desenvolvimento de profissionais com os comportamentos que vão dar sustentação à visão de futuro idealizada.
Planejar e Alinhar
A pergunta é: O que a empresa diz ser, é o que ela realmente é?
Nesse aspecto não há descanso, é preciso garantir constantemente que processos, estratégias e, principalmente, as pessoas enxerguem e propaguem o que a empresa se diz ser.
A transparência dos atributos essenciais da marca corporativa deve estar em cada detalhe da sua construção, de A à Z, sem interrupções.
A EVENTUAL LIMITAÇÃO DE RECURSOS NÃO PODE SER USADA COMO UM EMPECILHO PARA CONSTRUÇÃO DE COERÊNCIA E CONSISTÊNCIA
Com a mesma intensidade criativa e apaixonante que move o empreendedor a superar os desafios dos negócios, é que deve ser tratada a construção e a comunicação de uma identidade corporativa. Os funcionários e o ambiente precisam espelhar essa marca, tanto quanto ou mais que os produtos e serviços oferecidos.
O atendimento que um cliente recebe de um funcionário precisa estar tão alinhado com a identidade do negócio como se o próprio dono estivesse ali.
Usaremos um exemplo bastante objetivo e de simples compreensão, tendo um determinado segmento de negócio para criar a analogia.
Imagine que você esteja inaugurando uma cínica de estética, que aqui usaremos o nome fictício de ”Clínica Estética Fernanda Silva. É importante formar uma esquipe composta por pessoas alinhadas com o propósito e cultura da empresa, para que você possa formar outras inúmeras Fernanda’s em seu negócio e a partir de então, passar a fazer o monitoramento constante da sua equipe e saber se os seus clientes estão recebendo o tratamento que você espera e no qual você entregaria estando na função operacional. E não meça esforços para identificar se quem consome o seu produto ou serviço está tendo a percepção de empresa uniforme. Ou seja, com o uso do padrão, a comunicação flui, e o que aparentemente o que parece ser tudo igual, se torna o diferencial.
Comunicar de forma inspiradora
O universo empresarial vem se desenvolvendo sob fortes influências de fatores como: economia compartilhada, experiência do cliente, sustentabilidade, prioridades, propósitos etc. Com essa mutação, saber se socializar se tornou fundamental, indo muito além apenas a prática do saber fazer.
Identificar quais são suas preferências de interação, investir tempo no desenvolvimento de novas comunicações, integrações e Networking passa a ser prioridade estratégica na agenda de qualquer empreendedor.
Desde um alerta de vendas, passando por dar e receber feedback (fundamental), até a disseminação do propósito e visão de futuro da empresa, o empreendedor precisa vencer a eventual timidez e falta de confiança e se comunicar.
PRECISA ASSUMIR E ESTAR APTO A EXERCER O PAPEL DE UM DOS GRANDES RESPONSÁVEIS POR INSPIRAR AS PESSOAS POR MEIO DA SUA CAPACIDADE E VONTADE DE CONTAR AO MUNDO QUEM É A SUA EMPRESA
Fonte: endeavor.org.br