Um dos pontos turísticos mais badalados de Florianópolis, a Lagoa da Conceição vai ganhar mais projeção. A regional local da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), dirigida por Eduardo Campos, lança quarta-feira, às19h30min, na sede da entidade, o projeto Estação Lagoa, com eventos culturais, esportivos e qualificação empresarial. A programação do dia inclui distribuição do Guia Acif Estação Lagoa e a inauguração do posto de informação turística do bairro. O Guia é patrocinado pela operadora de cartão de crédito American Express.
(Coluna Estela Benetti – Diário Catarinense, 07/12/2009)
A moratória na Ilha
Do ex-presidente executivo e atual presidente do Conselho da Acif, Dilvo Tirloni, sobre a polêmica moratória da construção civil na Bacia do Itacorubi:
Prezado Moacir,
Sobre a recente rejeição ao PL 002/2008 que tratava sobre moratória do Itacorubi desejo expressar minha posição sobre a acertada decisão da Câmara de Vereadores pelos motivos que enumero:
1. Registre-se que qualquer obra a ser construída em nosso município passa pela análise das seguintes leis: Plano Diretor, Código de Obras, Código de Posturas e Leis Ambientais, neste caso, com as conhecidas licenças ambientais;
2. Sobre o comércio, serviços e indústria o PD (Lei 01/97) tem capítulo especial demonstrando que a adequação dos usos às áreas é determinada pela avaliação simultânea da sua espécie, do seu porte e periculosidade, podendo os usos ser adequados ou proibidos dependendo dos incômodos ou poluição.
As atividades industriais são proibidas pelo PD. Os artigos 38 e seguintes do PD normalizam estas ocupações. Outra regra estampada no PD, a ocupação do solo nas Zonas de Expansão Urbana (João Paulo, Itacorubi, entre outras) deverá ocorrer progressivamente, de forma a caracterizar uma urbanização contínua e a evitar a subutilização das redes de infra-estrutura e equipamentos comunitários existentes. O licenciamento das construções de edificações nessas zonas é condicionado a sua ligação à rede geral de saneamento, ou, se inexistente essa, à comprovação de que o sistema de saneamento individual adotado obedece aos critérios e padrões ambientais vigentes, através de certidão fornecida pelos órgãos competentes. Vale ressaltar a força do PD – O órgão de planejamento, o IPUF, deverá apresentar estudos dos impactos causados pelas obras de grande porte, artigo 77 e seguintes.“77 – As atividades consideradas Pólos Geradores de Tráfego serão regidas por normas específicas quanto à localização, acessos, estacionamentos, operacionalidade e aprovação de projetos, subdividindo-se em Micro-Pólos (PGT-1) e Macro-Pólos (PGT-2), conforme classificação do Anexo VIII”. Nosso PD determina que seja exigido das grandes obras compensações urbanas (sociais) entre elas medidas operacionais, equipamentos ou obras que minimizem seu impacto no tráfego. Já o artigo Art. 78 exige que “ao longo das vias arteriais e principais, a instalação de GT e demais usos fica condicionada à execução, por parte do empreendedor, de via marginal ou pista de desaceleração, proporcionalmente a testada do imóvel”. Qualquer alteração do PD só será possível atendendo o artigo 239, notadamente o seu §5º – Qualquer revisão ou alteração desta Lei deverá envolver estudo global da respectiva Unidade Espacial de Planejamento (UEP), e ser acompanhada de análise de seu impacto na infraestruturaurbana e comunitária. §6º – Qualquer revisão ou alteração desta Lei deverá ser instruída com parecer técnico do Orgão Municipal de Planejamento. 7. O que isto significa? Rigorosamente, que o IPUF faça os estudos dos impactos desta mudança quer do ponto de vista dos Pólos Geradores de Tráfego (impacto de vizinhança), Ambientais e assim por diante. Não precisamos de mais leis, elas já existem e são adequadas. O que precisamos e mais planejamento, fiscalização e “last but not least” mais conhecimentos técnicos e legais. Vimos defendendo há anos o fortalecimento do IPUF com pelo menos 200 técnicos (Curitiba no seu IPPUC tem 330) e que se cumpram as leis. Há oportunismo político no encaminhamento de novas leis, para na verdade, esconder a ausência de determinação política na solução de nossos problemas. Parabéns a Câmara de Vereadores.Dilvo Vicente Tirloni, Conselho Superior da ACIF.
(Blog Moacir Pereira – ClicRBS, 05/12/2009)
A árvore que incomoda a cidade
Um novo ingrediente na história da árvore dos milhões: o Patrimônio da União, proprietário da área onde está instalada a estrutura, não autorizou a montagem da decoração. A informação foi transmitida ao âncora Renato Igor (CBN-Diário), há pouco, pelo vereador João Amin (PP). Significa dizer que, daqui para frente, a questão deixa de ser circunscrita ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado, para se transformar num problema a ser resolvido pelo Patrimônio da União e, quem sabe, pelo Ministério Público Federal. Amin deixou bem claro que não é contra a árvore, mas contra a forma como foi conduzido o processo, ou seja, a ausência de processo de licitação para um contrato vultoso, de R$ 3,7 milhões, lembrando que o valor foi dividido em quatro pagamentos expressos: apenas 43 dias separam a quitação das parcelas. Logo a seguir, Renato chamou ao telefone o secretário de Turismo, Mário Cavallazzi, que aproveitou a oportunidade para desferir ataques contra seus ex-aliados, os Amin. Bem orientado pelo marketing, recuperou o argumento do desastre climático do ano passado – alegando que a atividade turística da Capital foi prejudicada e que, por isso, é necessário promover atrações que tragam mais visitantes a Florianópolis. Disse inclusive que esse foi um pedido das entidades que representam o comércio e o turismo (CDL e ACIF). Nervoso, o secretário trocou Natal por Carnaval e, em nenhum momento, desfez o equívoco. Questionado sobre a licença que deveria ter sido obtida junto ao Patrimônio da União, Cavallazzi tossiu. Reconheceu o equívoco, disse que enviou um ofício ontem, mas ressaltou que esta “é a primeira vez em toda a existência da árvore no local em que exigem a obrigatoriedade da licença”. A árvore será inaugurada hoje, às 19h30, com a realização de shows que vão atravessar a madrugada. É interessante observar que alguns dos shows representam o gênero musical preferido das gangues juvenis – o funk (letras de funk são notórias por defender a violência). E como a cidade anda cada vez mais insegura, é melhor o cidadão se cuidar. De preferência, deve deixar o carro em casa, não levar celular e não portar objetos de valor, como relógios e joias.
Todas as atenções para ela
Apesar de alguns problemas técnicos, inauguração da árvore de Natal na Capital foi uma festa, com milhares de pessoas. As atrações no palco da Avenida Beira-Mar Norte eram meras coadjuvantes. A noite de sábado estava reservada para uma estreia. Todos queriam registrar a inauguração da árvore de Natal, que tem cerca de 60 metros de altura e 24 mil paineis LED. Foi preciso paciência das cerca de 10 mil pessoas que foram ao evento, segundo estimativa do chefe da Guarda Municipal, João Pereira Machado. Prevista para acontecer às 20h30min, a inauguração acabou sendo às 22h15min, com a árvore incompleta e alguns ajustes a serem feitos. Mas nada disso estragou a festa, e a impressão geral foi de satisfação. O secretário municipal de Turismo, Mário Cavallazzi, explicou que a árvore estava apresentando desencontros nas imagens e que os técnicos estavam tentando arrumar. O secretário aproveitou para chamar de “tolices” as críticas sobre o valor da atração – R$ 3,7 milhões. Waldemar Stefan, diretor da Beyondcomm (empresa responsável pela interatividade, inédita no país), que fazia os últimos ajustes na árvore de seu laptop, explicou que a ideia de sábado era mostrar o potencial dos LEDs. Para isso, iria apostar no jogo de cores. Fotos e mensagens irão aparecer a partir de quinta-feira. Segundo ele, as imagens passarão por seleção antes de serem exibidas. Variação de cores para dar o efeito de dança Às 22h15, a espera terminou. Ao som de “So this is Christmas” (Então é Natal), de John Lennon, o vermelho, o verde, o azul escuro, o azul claro, o rosa e os tons degradê dançavam na enorme árvore. As cores variavam em questão de segundos. Como todo pinheiro que se preze, esse também trouxe uma estrela na ponta, iluminada de dourado, como manda o figurino. Para a moradora de Biguaçu, na Grande Florianópolis, Cláudia Pires, a novidade superou as expectativas.
– Está belíssima! Tem toda essa tecnologia envolvida. Vou querer mandar fotos, com certeza!
Cláudia chegou às 19h30min e aproveitou para ver os shows de Mallu Magalhães e Mart’nália, as primeiras atrações.
A dona de casa Laci Maria do Amaral esperava que todos os recursos tecnológicos fossem exibidos já na estreia. Mas não desanimou.
– Esperava ver mensagens e fotos. Mas, de qualquer maneira, a árvore está muito bonita –disse.
Problemas técnicos no domigo
Após a inauguração, a banda Inimigos da HP se apresentou para fechar a noite de sábado. Mesmo sem alteração no trânsito, o evento não registrou acidente. Na programação de ontem à noite, três shows animaram as pessoas que foram até a Beira-Mar Norte: banda Agnela, Perlla e O Rappa. Mas a árvore de Natal continuava uma atração à
parte. Quase todas as pessoas que passavam paravam para tirar fotos.
– Estou registrando para mandar uma imagem para a minha mãe que mora no Sul. É linda, pena que ainda não terminaram – contou a funcionária pública Graças Fernandes.
A última parte da lona que faltava para revestir a árvore foi colocada ontem à noite. Além disso, um problema em um dos geradores fez com que um painel de LED ficasse apagado. A previsão era que o problema fosse resolvido até a madrugada.
Mande suas fotos
A partir de hoje será possível mandar mensagens e fotos para serem projetadas na árvore. É só enviá-las para o site www.omaiornataldobrasil.com.br. O material enviado passará por uma seleção. A partir de quinta-feira os escolhidos serão exibidos.
Tecnologia, com alegria
Denise Oliveira, 48 anos, foi conferir a novidade e levou a cachorrinha Cindy, que estava vestida a caráter. Moradora de Florianópolis, ela achou a árvore linda e está curiosa para ver como vai funcionar a interatividade. Mas reclamou do preço “muito alto”.
– Com esse dinheiro outras coisas poderiam ser feitas. A cidade tem tantos problemas – comentou Denise, sobre os R$ 3,7 milhões gastos.
Na sua altura de cerca de 1m30cm, Clarice Sousa Cardoso, 6 anos, virava a cabeça pra cima a todo momento e arregalava bem os olhos para ver a dança de cores, na árvore de aproximadamente 60 metros. Para ela, a novidade é “bem legal”. A família também gostou do enfeite. O pai Claudiomar Sousa Cardoso e a mãe Cristiane de Jesus levaram à festa, além de Clarice, o pequeno Cleiton e Mariana.
– Ano passado não estava assim. Realmente, está muito bonito – falou Cardoso, que mora em Coqueiros.
A dona de casa Magda da Silva Carvalho, 62 anos, achava que aquele monte de alumínio não tinha cara de Natal. Na opinião dela, era tudo muito tecnológico. Ela acompanhou toda a construção da árvore da sacada de seu apartamento, que fica na Avenida Beira-Mar Norte. Quando começaram a colocar os tapumes, a família fez até uma aposta para saber o que sairia dali. No sábado, foi dia de Magda reunir os três irmãos, filha, sobrinhos, genros e netos para
acompanhar a inauguração do enfeite gigante. Quando ainda estavam sendo feitos os testes de luzes, Magda aprovou o que viu:
– Agora, sim! Melhorou muito. A árvore está linda!
Família da dona de casa Magda da Silva Carvalho (D) tem da sacada do apartamento uma visão privilegiada
(Geral – Diário Catarinense, 07/12/2009)
Vale a pena crescer?
Especialistas comentam obstáculos e oportunidades para futuro da Capital Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, descreveu Florianópolis como “Um pedacinho de terra, perdido no mar! …”. As belezas “sem par” exaltadas pelo autor do Rancho do Amor à Ilha, o hino da cidade, misturam-se às casas, aos condomínios, aos prédios que se multiplicam sem cessar. Este contraste voltou à tona após a rejeição pela Câmara de Vereadores, na quinta-feira, do projeto encaminhado em 2008 pelo prefeito Dário Berger, que vetaria por certo tempo as construções na Bacia do Itacorubi. A região sofre com a especulação imobiliária, com congestionamentos e com a falta de saneamento básico.
A rejeição lembrou a reclamação dos moradores do Bairro Trindade, em novembro, que criticaram a mudança de zoneamento na região. A alteração permitirá a retirada do complexo prisional do local. Mas o espaço também poderá ser usado para construção de prédios. Tudo isso faz os moradores se perguntarem: afinal, até onde Florianópolis pode crescer? O Diário Catarinense ouviu algumas pessoas envolvidas na questão.
(Geral – Diário Catarinense, 05/12/2009)
Produção industrial de SC cresce 2,1% em outubro
A produção industrial de SC cresceu 2,1% em outubro frente a setembro e teve queda de 2,9% em relação a outubro do ano passado. Leia o texto do IBGE sobre o setor, no Estado:
Em Santa Catarina, a atividade industrial se ampliou 2,1% na passagem de setembro para outubro, na série ajustada sazonalmente, após avançar 2,4% no mês anterior. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral cresce 1,1% e mantém a trajetória ascendente desde abril último, acumulando nesse período um ganho de 5,6%. No confronto com outubro do ano passado, seis dos onze setores pesquisados reduziram a produção, ficando a principal contribuição negativa na formação da taxa global de -2,9% com veículos automotores (-65,3%). Entre os ramos com expansão, destacaram-se como os principais impactos máquinas e equipamentos (20,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (51,0%). Nos demais indicadores, permaneceu o quadro de taxas negativas: -10,4% no acumulado no ano e -10,4% nos últimos doze meses, com esse último repetindo o resultado de setembro (-10,4%).
(Coluna Estela Benetti – Diário Catarinense, 04/12/2009)