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Clipping de Notícias 13/07/09

13 de julho de 2009 - Novidades

Liquidação no Estreito.

Neste sábado, as lojas que compõem o núcleo Estreito Center Lar, da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) farão horário estendido até as 17h, além de oferecer descontos de 10 a 40%. Esse é o primeiro “Dia D Liquidação do Estreito Lar Center”, que vai ocorrer sempre no segundo sábado de cada mês, dando uma opção a mais para o consumidor que não tem tempo durante a semana.

(Agenda – Notícias do Dia – 12/07/2009)

Essencial

O domínio de línguas estrangeiras é requisito essencial para o sucesso profissional. Por isso, Ciça Gondran, que coordena a Câmara da Mulher Empresária da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), acaba de fechar um acordo com a escola Yázigi. A parceria oferece benefícios especiais para diretores, coordenadores e membros de núcleos e câmaras da entidade nas escolas da Capital e São José.

(Coluna Luiza Gutierrez – Notícias do Dia – 12/07/2009)

Empresarial

Empresário Tito Alfredo Schmitt tomou posse na Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis (Aemflo), sucedendo o colega Odilio Guarezi, que esteve oito anos gerindo a instituição que representa nada mais, nada menos que 80% do PIB da Grande Floripa. A Aemflo tem hoje 2.300 associados, 380 a mais do que a segunda colocada, que é Joinville, no ranking, da Federação das Associações Comerciais e Industriais de Santa Catarina.

(Coluna Ricardinho Machado – Notícias do Dia – 13/07/2009)  

Um homem do mar
 Entrevista: Marcelo Santiago Garcia

Capitão dos Portos de Santa Catarina desde janeiro deste ano, o carioca Marcelo Santiago Garcia, 47 anos, fez curso superior na Escola Naval e é oficial da Armada, atualmente no posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra. Sua mulher, Ana Cristina Rodrigues Brites Garcia, também é oficial da Marinha brasileira. O casal tem dois filhos, Mariana e Marcos, todos adorando morar em Floripa.

Nesta entrevista, o Capitão falou sobre profissão, a questão do Arrais – carteira de habilitação para pilotar embarcações náuticas –, e disse o que pensa também sobre a existência, ou melhor dizendo, a falta de marinas na Ilha de Santa Catarina.

De quanto em quanto tempo é transferido para outra capitania? Seus filhos se adaptam?

O período no cargo de Capitão dos Portos de Santa Catarina é de dois anos, entretanto, a próxima etapa prevê minha transferência para outro setor da Marinha, em outra cidade. Minha família como um todo se adaptou bem a Florianópolis, a cidade é acolhedora e as pessoas muito educadas, temos boas opções para os estudos e lazer das crianças.

Quais os principais deveres da Capitania dos Portos?

A Capitanias dos Portos tem entre as suas principais atribuições assegurar a salvaguarda da vida humana e a segurança da navegação, no mar aberto e hidrovias interiores, e a prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações, plataformas ou suas instalações de apoio. Para assegurar estes serviços à comunidade, temos o dever de fiscalizar as embarcações e seus condutores, bem como prestar auxílio àqueles que estão enfrentando dificuldades no mar.

O que o senhor acha da polêmica sobre Floripa não ter uma marina de grande porte, sendo a capital turística do Mercosul?

Quando uma marina é constituída dentro das exigências ambientais, respeitando a distribuição legal do espaço costeiro, sem interferir no direito do cidadão de acesso pela via marítima e dentro das normas da segurança da navegação, configura-se num espaço, um empreendimento benéfico à comunidade. A marina, quando bem administrada, pode ser um valioso parceiro na difusão da mentalidade marítima, pode contribuir com a segurança a partir de uma estrutura de apoio e socorro aos seus clientes. Quanto ao nosso trabalho, podemos verificar que a concentração de embarcações em marinas e iate clubes facilita a fiscalização, permitindo o desenvolvimento de campanhas educativas com mais eficácia.

Navegar é seguro, se compararmos com carros e aviões?

Desde que o navegador siga as leis, normas e recomendações, mantendo o devido respeito pelos limites de sua habilitação e de sua embarcação, navegar é bastante seguro. Seguindo as orientações, o marítimo poderá desenvolver o seu trabalho com tranquilidade e o amador poderá desfrutar do seu passeio.

Para tirar a carteira de amador e pilotar lanchas é preciso apenas prova teórica, mas, no meu caso, que nunca pilotei, depois de aprovada vou saber navegar?

Ao ser aprovada em um dos exames para amador, sua habilitação para navegar será compatível com a área autorizada e instrumentos e sinais de auxílio à navegação, necessários à condução segura da sua embarcação.

E se houver uma tempestade durante o passeio, vou estar apta a lidar com essa situação?

O mar deve sempre ser respeitado. Há diversos relatos históricos e contemporâneos contando que marinheiros experientes enfrentaram tempestades e sucumbiram às condições severas do mar. Hoje em dia existe uma grande quantidade de fontes de informações quanto às condições meteorológicas das diversas áreas marítimas, boletins com aviso de mau tempo são disseminados pela Capitania para a comunidade marítima, permitindo ao navegante um bom planejamento do seu passeio. Além do mais, observamos que as próprias marinas podem oferecer boas dicas e informações sobre mar, vento e previsão de chuva. Desta forma, o principal adversário do navegador amador é a falta de planejamento de seu lazer, desconsiderando as recomendações disponíveis.

O senhor gosta particularmente de navegar a lazer?

Gosto de navegar nas minhas horas de lazer também, principalmente com a minha família. Minha esposa também é oficial da Marinha do Brasil e, naturalmente, entusiasmada com o ambiente náutico. Cultivo dentro de casa o respeito e as tradições do mar.

Que recomendação o senhor daria aos navegantes?

O mar é uma excelente via de comunicação entre as pessoas e os povos, uma ótima opção de esporte e recreio, mas deve ser utilizado com responsabilidade. Ele não escolhe a quem vai castigar.

(Juliana Wosgraus, DC)

Empreendedor terá que cumprir leis, diz Okamotto


 

O empreendedor individual (EI) que obtém receita de até R$ 36 mil por ano e que vai formalizar seu negócio com base na nova lei do Microempreendedor também deverá cumprir a legislação local para o seu negócio, como normas sanitárias, alvará de localização e outros itens. A informação é do diretor-presidente nacional do Sebrae, Paulo Okamotto, que esteve em Florianópolis quinta-feira para a inauguração do novo Centro de Educação Empresarial do Sebrae de Santa Catarina.

Esta era uma dúvida enfrentada por muitas prefeituras, que ainda não definiram como procederão para a formalização desses pequenos negócios. Okamotto disse, também, que um dos novos programas do Sebrae nacional será levar conhecimento gerencial para empresários de comunidades mais carentes. Leia a entrevista.

PARA FORMALIZAR

– O sistema que vai registrar as empresas pela nova lei do microempreendedor individual está em fase de teste, em Brasília, e até o final do mês poderá ser disponibilizado pelo site do Ministério do Desenvolvimento para outros estados. É importante deixar claro que estes empresários deverão cumprir as legislações relativas aos seus negócios. Se ele não tiver condições, pode ser que o seu negócio de alimentos não seja autorizado. O comércio ambulante também deverá seguir as regras da atividade em cada município. Ao se formalizar, o empreendedor deve cumprir todas as legislações, pagar IPTU e ser fiscalizado pela prefeitura.

SEM CUSTO

– A proposta da lei é não cobrar nada para formalizar o negócio de quem recebe até R$ 36 mil por ano. Este empreendedor pagará até R$ 57 por mês somando INSS, ICMS e, no caso de serviços, ISS. A intenção é não onerar quem tem renda baixa. Nossa recomendação é que na formalização do negócio não seja cobrado nada.

META DE 1 MILHÃO

– Temos a pretensão de formalizar 1 milhão de empresas em um ano em todo o Brasil dentro de um universo estimado em 11 milhões de negócios informais. Para atingir esta meta, vamos trabalhar com palestras por meio do Sebrae e incentivar as pessoas a formalizarem seus negócios. Vamos tentar criar soluções adequadas a cada uma delas.

O SISTEMA

– Nossa previsão é de que em três meses o sistema disponível no site do Ministério do Desenvolvimento possa ser acessado em todo o país. Estamos trabalhando para encurtar o máximo possível este prazo. O sistema está sendo testado em Brasília e, daqui a pouco, poderemos incluir mais alguns estados.

NOVO CENTRO

– O Sebrae nacional continua avançando na proposta de levar conhecimento a milhões de empresários. O Centro de Educação Empresarial que estamos inaugurando aqui em Florianópolis é excelente, pode atender 2,5 mil pessoas presenciais e também construir canais para atendimento à distância.

SEBRAE NOS BAIRROS

– Muito em breve, para este público dos microempreendedores individuais e pessoas que acham que o Sebrae é só para quem ganha bem, vamos estar levando, presencialmente, a formação para as pessoas nos bairros, comunidades e cidades menores. Estamos desenvolvendo um projeto para que o conhecimento do Sebrae chegue a essas pessoas para que muitos melhorem as suas condições de ganhar mais. Estamos desenvolvendo projeto piloto em Brasília e em outros estados para definir um modelo para o programa.

(Coluna Estela Benetti – Diário Catarinense – 12/07/2009)

 

Nem a chuva fina na madrugada fria, nem a descabida proibição da Polícia Rodoviária Estadual – PRE impediram a realização do Audax Floripa 2009, ocorrido em Florianópolis no último domingo, 28 de junho. O evento ciclístico, que reuniu 340 participantes, ocorre sob licença do Audax Club Parisien, que organiza a prova e registra os tempos dos participantes de todo o mundo desde 1921.A etapa realizada em Floripa teve um percurso de 200 km, contornando praticamente toda a Ilha, a partir do Costão do Santinho, e repetindo alguns trechos para fechar a distância estabelecida. Os 259 participantes que cumpriram todo o trajeto, até um tempo limite de 13h30m, receberam um "brevet" que os habilita a participar da etapa seguinte, de 300 km. Esta etapa ocorrerá em Criciúma, em setembro.

A filosofia do Audax prioriza a superação pessoal e a contemplação dos trajetos, não é uma prova competitiva. Cada participante é autônomo e, pelas regras da prova, não pode receber auxílios externos (embora a solidariedade seja freqüente entre os que estão pedalando) e deve submeter-se à legislação de trânsito vigente. Ademais, todos os inscritos são obrigados a usar capacete, sinalização de segurança e colete reflexivo, além de serem assistidos por apólice de seguro de vida.

Cerca de 75% dos inscritos no Audax vieram de outras cidades e estados. Este dado reforça o propósito do evento, o foco no Cicloturismo, o uso da bicicleta para conhecer e interagir com os lugares. Sob o ângulo privilegiado de quem pedala, os visitantes puderam apreciar as mais belas paisagens de Floripa, passando por Canasvieiras, Jurerê, Santo Antonio, Cacupé, Centro, Ribeirão da Ilha, Armação, Pântano do Sul, Lagoa da Conceição, Praia Mole e Rio Vermelho.

Trata-se de um evento de suma importância para Floripa, especialmente na atual conjuntura, em que a cidade registra a triste marca de estar entre os piores locais do mundo em questões de mobilidade urbana. Estimular o uso da bicicleta, transporte ecologicamente correto e que pode ser um grande aliado para desafogar o trânsito, é um grande mérito do Audax e que deveria ser levado em consideração por todas as autoridades e agente públicos que querem o bem da cidade.

A Polícia Rodoviária e o desserviço aos 340 cidadãos de bem

No entanto, um fato bastante lamentável causou vergonha a toda Florianópolis, anfitriã pela primeira vez de um evento da envergadura do Audax. Embora todos os trâmites legais tenham sido cumpridos pela organização, que enviou pedido formal de autorização 20 dias antes da realização da prova, o comando local da Polícia Rodoviária Estadual – PRE, numa clara demonstração de incompetência e desrespeito, tratou de proibir o Audax dois dias antes da data marcada.

Na véspera, em contato com grande parte dos inscritos (num total de 447 pessoas), os organizadores assumiram o cancelamento da prova, colocando-se à disposição para devolver a quantia paga na inscrição. Porém, como ninguém se sentisse "fora de lei" apenas por andar de bicicleta, não houve nenhum pedido de devolução.

Assim, ficou acertado entre os próprios participantes que todos largariam, embora a prova estivesse oficialmente cancelada. Pouco antes do horário previsto para o início (6 da manhã), um dos organizadores do Audax, o sr. Milton Della Giustina, referência em ciclismo competitivo e questões de mobilidade urbana, recebeu uma ligação do comandante da PRE com o seguinte comunicado: "o governador do Estado proibiu a realização deste evento." Ao que lhe foi respondido, conforme decisão da véspera, que a prova estava cancelada, embora não houvesse nenhum dispositivo legal que impedisse os ciclistas de pedalarem por conta própria na cidade.

Não bastasse o telefonema, os policiais protagonizaram ainda uma atitude que beirou o ridículo. Viaturas passavam pelos pedalantes no Rio Vermelho, de megafone em punho, gritando que "aquele evento não estava autorizado, e os participantes estavam correndo risco de morte". Um vergonhoso contrasenso, por 3 motivos:

1) Embora a justificativa da proibição tenha sido a "falta de efetivo", 4 viaturas da PRE estavam envolvidas na patética ação descrita acima;

2) Com a descabida proibição da PRE, todo o serviço de sinalização do percurso, bem como a organização dos Postos de Controle, foi seriamente prejudicada, por temor à represálias; isso sim poderia ter causado problemas à prova, o que felizmente não foi registrado;

3) Quem pedala pelas ruas de Floripa diariamente, independente de qualquer autorização, está sempre correndo riscos, por estar em vias que priorizam os automóveis e a velocidade.

Ao Sr. Luis Henrique da Silveira, Governador de Santa Catarina, fica registrado o repúdio em nome dos 447 ciclistas inscritos do Audax, um evento que atraiu turistas, divisas e qualidade de vida para o estado e que, lamentavelmente, foi tratado como caso de Polícia.

Veja resultados (com os tempos dos participantes), relatos, fotos e vídeos no Blog do Audax Floripa
Leia artigo do blogueiro Poti Campos sobre o mesmo assunto

Autor: Fernando Angeoletto (Caminhos do Sertão )
Fotos: Jonatha Jünge (Caminhos do Sertão )

(Via Ciclo)

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