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Clipping de Notícias 26/05/09

26 de maio de 2009 - Novidades

Novo perfil

Neste sábado, dia em que a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis completa 94 anos, assume o presidente mais jovem da história da entidade, Doreni Caramori Júnior, de 29 anos. Na diretoria terá duas vices mulheres:  Silvia Hoepcke da Silva, dona de indústria têxtil e neta do fundador da entidade, Carl Hoepcke, e Maria Carolina Linhares,  psicóloga qeu atua com empresa de gestão organizacional. De perfil conciliador, Caramori afirma que não é papel da Acif administrar a cidade. Pelo visto,  terá trégua o prefeito Dário Berger que andou às turras com o atual Dilvo Tirloni.
(Coluna Pelo Estado, 23/05)

 
Entrevista

Governador Luiz Henrique permanece hoje na Casa da Agronômica em despachos com assessores mais próximos. Às 11,00 horas, concederá entrevista a jornalistas do jornal "Correre Della Sera", um dos principais diários italianos.   O jornal vai publicar uma reportagem especial, destacando as 10 cidades mais charmosas do mundo. Florianópolis é uma das escolhidas. 
(Blog do Moacir, Diario.com)

Pior mobilidade do Brasil é aqui
 

Acordar uma hora mais cedo para chegar ao trabalho em tempo tem sido rotina para os motoristas da Capital. Agora, a paciência exigida em Florianópolis passou de simples impressão a um estudo revelador. A cidade tem o segundo pior índice de mobilidade do mundo, além do trânsito mais complicado entre as 21 capitais brasileiras pesquisadas.

Pelos critérios estabelecidos, entre as 21 capitais pesquisadas, Florianópolis tem o pior deslocamento. Ainda segundo o ranking desenvolvido pelo pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Valério Medeiros, a capital catarinense tem a segunda pior mobilidade entre as cidades pesquisadas em todo o mundo.

Medeiros avaliou as relações de movimento e como a forma das cidades condiciona a mobilidade. A partir da identificação de rotas em que é possível a passagem de veículos, o pesquisador calculou o chamado “valor de integração” de cada cidade, com o auxílio de um software.

Foram levadas em consideração a organização e a conexão das ruas em detrimento da quantidade de vias. No primeiro momento, os dados levantados foram das cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes.

Na sequência do estudo, os dados foram confrontados com aqueles obtidos em 164 cidades do mundo. O paralelo foi feito na Universidade de Londres, onde a forma de abordagem do estudo foi criada.

– As cidades brasileiras foram as piores no contexto mundial. Uma das grandes contribuições para isso foi o processo de crescimento urbano sem planejamento global das cidades nas décadas de 1960 e 1970. Isso criou uma “colcha de retalhos”, com desenhos diferentes entre os bairros. Ao longo do tempo, os pedaços não foram costurados, causando segregação espacial e perda de área nos deslocamentos – ressaltou o autor da pesquisa.

Desenho da cidade explica engarrafamentos

Quanto menor o valor do índice, mais labiríntica a cidade e, consequentemente, mais difícil a mobilidade de carro. Com a pontuação de 0,199, Florianópolis ficou bem à frente da segunda colocada, Rio de Janeiro, com 0,303. Porto Velho foi considerada a capital com melhor mobilidade, com índice 1,458. No mundo, Florianópolis só perde para a cidade de Phuket, na Tailândia.

O desenho da cidade pode explicar a quantidade de engarrafamentos. Para o autor do estudo, o principal motivo das dificuldades em ir e vir de carro em Florianópolis é a geografia.

O espaço em que a cidade se instalou tem muitos morros, montanhas, lagoas e dunas, o que causou a não-continuidade da malha viária. A falta de conexões entre os bairros gerou um mapa fragmentado.

O pesquisador sugere duas estratégias para amenizar o problema. A primeira seria criar novas ligações entre o Continente e a Ilha. A segunda possibilidade apontada por ele é promover a integração de vários modos de transportes.

Além disso, o estudioso avalia ser importante evitar o desenvolvimento de grandes áreas longe do espaço principal da cidade e utilizar ciclovias para pequenos trajetos.
(DC)

A conta dos tributos
Mesmo com a decisão, em âmbito federal, de uma redução de aliviar um pouco o peso dos impostos, com o objetivo de atenuar internamente os efeitos da crise econômica internacional, os contribuintes, de maneira geral, continuam arcando com uma carga tributária excessiva. Nos cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), os brasileiros precisarão trabalhar até amanhã só para pagar tributos cobrados nas três instâncias da federação além da federal, a estadual e a municipal. Isso significa um total de 147 dias, apenas um a menos do que a média total de 2008. É a primeira redução registrada desde 1996, quando o período de trabalho necessário para pagar o fisco caiu de 106 para 100 dias, mas ainda assim modesta demais para acenar com algum alento para os contribuintes.

A redução em um dia no tempo necessário para zerar as contas com tributos só ocorreu por duas razões específicas. Uma delas é a correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda, além da ampliação para quatro do número de alíquotas. A outra é a menor taxação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre alguns itens, como veículos, fogões, geladeiras e máquinas de lavar roupas. Um dia a menos, porém, é muito pouco para quem se encontra submetido a um verdadeiro regime de escravidão tributária. É inconcebível que os brasileiros continuem arcando com tanto tributo num país que, além de não propiciar retorno adequado sob a forma de serviços públicos, se esforça para atenuar as consequências da crise internacional no mercado interno.

O mesmo levantamento conclui que, neste ano, os brasileiros irão destinar 40,15% de sua renda bruta para o pagamento de tributos diretos e indiretos. O percentual é um pouco inferior ao de 40,51% registrado no ano passado, mas igualmente elevado o suficiente para impedir maior consumo e maior produção justamente num dos momentos em que o país mais precisa desses pilares para evitar uma descontinuidade muito acentuada no ritmo da atividade econômica. O agravante é que, além de consumir todo esse tempo para pagar tributos, os brasileiros de classe média ainda precisam destinar um período adicional para custear serviços que o poder público nem sempre consegue prover com qualidade em áreas como saúde, educação, segurança e previdência, entre outras.

O descompasso entre a eficiência do poder público em arrecadar nas três instâncias da federação e a dificuldade de fazer com que a arrecadação retorne sob a forma de serviços equivalentes aos valores arrecadados se deve em grande parte à resistência dos governantes em reduzir gastos. A insistência na manutenção e, inclusive, no aumento dos dispêndios com a máquina pública se manteve mesmo depois da confirmação de um impacto considerável na economia brasileira, que o contribuinte, agora, é obrigado a bancar pagando mais imposto do que deveria.
(DC)

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