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Empreendedorismo e Associativismo lado a lado

8 de abril de 2008 - Novidades

Empreendedorismo e Associativismo lado a lado

Dilvo e Ronsoni

O que corre nas veias do empresário Rodrigo Ronsoni, 29 anos, com certeza é sangue, e quente. Foi com toda essa energia que ele conseguiu canalizar esforços para se tornar um empreendedor criativo, bem-sucedido e dedicado. Rodrigo consegue aliar no seu dia-a-dia, além dos afazeres da sua empresa, a Cellmídia, atividades associativistas que exerce junto à Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif).

Ronsoni participa da Acif Jovem (Câmara do Jovem Empresário da Acif), é coordenador do Conselho dos Núcleos, grupo que reúne os 13 coordenadores de núcleos setoriais da Acif, e ainda faz parte da diretoria da entidade por conta dessa coordenadoria. E não pára por aí.

Rodrigo é diretor de expansão do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina (Cejesc). A vontade de ser empreendedor sempre foi latente na vida do empresário de Florianópolis. Não foi à toa que escolheu cursar Administração. “Meu sonho era ter meu próprio negócio e a Administração era a base que necessitava para realizá-lo”, explica.

Rodrigo prestou vestibular e entrou para uma das melhores universidades da área em Santa Catarina, a ESAG, da Udesc. Lá, ele teve o primeiro contato com o mundo empresarial: participou da Empresa Junior e pôde aprender como lidar com o cliente, o mercado, os fornecedores e outros públicos. Foi através da Empresa Junior que Rodrigo também teve seu primeiro contato com o associativismo.

Ainda na época da faculdade, ele participou da Federação das Empresas Junior (Fejesc). Quando saiu da universidade, Rodrigo quis montar seu próprio negócio, mas por influência do pai, resolveu trabalhar na empresa da família, que atuava no segmento de plástico, até estar preparado para montar a sua. “Foi uma experiência enriquecedora. Além de trabalhar com diferentes fornecedores e clientes de várias partes do Brasil, também aprendi a administrar os conflitos que uma empresa familiar tem”, comenta.

Rodrigo viajou o Brasil inteiro e chegou a morar em São Paulo, onde montou uma equipe com cinco representantes para atuar em todo o Estado. Na empresa da família, aprendeu de tudo, da área comercial à gerencial. “Estive envolvido em todos os processos, e isso me deu uma bagagem muito boa”, constata. Foi nesta época que o empresário aprendeu a desenvolver uma metodologia de cálculo de preço de embalagem. “Foi aí que resolvi sair e montar meu próprio negócio”.

O primeiro projeto foi a criação de um software para cálculo de custo e orçamento de embalagem de plástico. Em sociedade com o amigo Márcio Pires Junior, montou o primeiro produto da sua empresa. Paralelo a isso, os dois também tinham outros projetos: uma fazenda de camarão e a idéia de fazer marketing direto pelo celular, o chamado mobile marketing. A fazenda de camarão ficou de lado. E o software foi vendido para apenas um cliente, mas não receberam o dinheiro até hoje.

A idéia do marketing via celular tomou corpo e se tornou o principal negócio dos sócios. A Cellmídia nasceu em 2004 de uma parceria com a Suntech, empresa voltada ao desenvolvimento de tecnologia para telecomunicações, e não parou mais. Foi a primeira empresa do segmento no Sul do Brasil. Hoje, com quase quatro anos, é a única do País que possui um banco de dados com 2 milhões de contatos, sendo que destes, 1,5 milhão são autorizados para receber mensagens no celular, e tem integração com todas as operadoras de celular do Brasil.

A Cellmídia trabalha com tudo que envolve comercialização via celular, desde mensagens SMS e MMS até Java e WAP. Mas o que Rodrigo destaca é a atuação da Cellmídia como estratégia de comunicação precisa. “Conseguimos oferecer uma solução viável para nossos consumidores. Por exemplo, se o cliente precisa atingir um público de 30 a 50 anos, temos como separar para ele dentro do nosso banco de dados”, explica. A empresa também possui um software free, o Cool SMS, que possibilita o envio de mensagens para celular de forma gratuita. “O software faz uma busca na internet e envia mensagens através dos sites das empresas que oferecem gratuitamente este serviço”, conta.

Em quatro anos, a Cellmídia já atendeu mais de 300 clientes com soluções de mobile marketing. Entre eles, Victor Hugo, Confraria das Artes, Concessionárias Fiat e Ford, Avis Rent a Car, Diário Catarinense e Colégio Energia. A equipe da empresa conta com cinco colaboradores e fica no bairro Trindade, em Florianópolis.

Empreender

O associativismo é outra paixão de Rodrigo desde a época da faculdade. Ele participa ativamente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif). “Foi com o associativismo que aprendi muitas coisas, aumentei minhas oportunidades de negócios, pude trocar idéias com empresários que tinham as mesmas dificuldades que as minhas e me integrei com a comunidade”. Rodrigo explica que através da participação no Núcleo do Jovem Empresário e no Conselho dos Núcleos ele tem contato com outros empresários que querem melhorar suas empresas, a cidade, a sociedade e, conseqüentemente, suas condições. “Conquistei amigos, aprofundei minha visão sobre aeconomia local, fiz vários contatos visando os negócios, melhorei como gestor e aprendi técnicas, com outros empresários, que implantei na minha empresa”. O empreendedor ressalta o aprendizado que teve com o planejamento e a execução dos projetos da Acif Jovem, a participação em eventos, como o Congresso Brasileiro da CACB e o Encontro Estadual do Empreender, realizados em 2007 pela Facisc em Florianópolis, o Congresso Nacional de Jovens Lideranças da Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), realizado em 2006 também em Florianópolis, e as reuniões da Conaje pelo País. “A participação em eventos oportuniza contatos com pessoas de outras cidades, Estados e até países”.

Para Rodrigo, os empresários que participam de núcleos setoriais através do Programa Empreender têm diferencial competitivo diante dos seus concorrentes. “Capacitação e associativismo são diferenciais que os empresários nucleados têm em relação àqueles que não participam”. Ele destaca a atuação de Santa Catarina no Programa. “Conseguimos ver no evento em 2007 o quanto estamos avançados no desenvolvimento das empresas e núcleos aqui no Estado. Temos consultores capacitados frequentemente para nos auxiliar na condução dos trabalhos”.

Frente ao Conselho dos Núcleos na Acif, Rodrigo tem uma série de projetos para fomentar o desenvolvimento e incentivar
a formação de novos núcleos na entidade. A primeira ação foi o incremento da equipe, que passou de duas para quatro pessoas. No dia 18 de março será realizado o evento “Núcleos em Foco”, que reunirá os empresários participantes. “A idéia é iniciar os trabalhos com um evento grande para apresentar o planejamento de todos os núcleos”. No final do ano, outro evento como este será realizado e premiará núcleos e empresários por sua atuação no Programa Empreender. Rodrigo também conta que com a criação do Conselho, os grupos passaram a ter mais voz na diretoria da Acif. Com isso, a entidade pretende encerrar o ano com 20 núcleos, sete a mais dos atuais 13.

Fonte: Revista Gestão Empresarial – FACISC – Ano 3 – Número 7

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